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Conheça a história dos primeiros óculos de grau

Hoje viemos trazer algumas curiosidades sobre a história dos primeiros óculos de grau. É no século XI que Abu Ali al Haasan Ibn al-Haithan (965-1039), escreveu um tratado de ótica intitulado “Kitab-al-Manazir´ (Opticae Thesaurus). Ele era matemático, físico e astrônomo árabe conhecido no Ocidente pelo nome de Alhazen. Esta obra continha as primeiras leis da refração e sobre o ângulo de incidência e de reflexão.

Esta obra foi traduzida para o latim, e suas teorias foram postas em prática pelos monges noséculo XIII , que construíram as primeiras lentes planos convexas  para colocá-las sobre os manuscritos e ajudá-los na leitura dos textos. Sendo assim, o conhecimento de Alhazen no setor ótico difundiu-se por toda a Europa. Principalmente por causa dos franciscanos, foram produzidas e usadas as primeiras “pedras da leitura”. Elas eram feitas de quartzo ou berílio, deste último provém o termo moderno na língua alemã “Brille”: dos óculos.

Lentes ópticas

Em 1268, Ruggiero Bacone fez o primeiro comentário de que dispomos sobre o uso de lentes para fins ópticos. Na Alemanha não há um tratado científico. Mas apenas na poesia de um menestrel  medieval , Albrecht von Scharfenberg.

Em Veneza, quem divulgasse o segredo da fabricação dos óculos era severamente punido com a pena de morte! Mas não obstante, os domenicanos conseguiram desenvolver pesquisas no setor da ótica. Isso pelo fato  que a leitura e a escritura eram ainda pertinentes às ordens religiosas.

Óculos ao longo do tempo

Os óculos eram interpretados como um sinal de instrução, requinte e maturidade. Eram objetos  preciosos que muitas vezes apareciam nas pinturas da época. Mais tarde veio a se propagar uma desconfiança e uma ironia por causa da existência de diferentes defeitos da visão, ao demonstrar que estes instrumentos não podiam assegurar uma visão perfeita a todos.

No decorrer do tempo, depois de Johannes Gutenberg, inventor da prensa com caracteres móveis, a procura de óculos cresceu rapidamente. Sendo assim, nasceram vários centros de fabricação de óculos além de Veneza, até as Fiandras. No século XIV, a arte na fabricação dos óculos deu entrada na Alemanha, antes em Frankfurt e depois em Estrasburgo e Nuremberg.

Outra “pedra miliar” na evolução dos óculos  foi a invenção da lente biconvexa para corrigir a presbiopia, (séc XIV).

Não obstante a crescente procura dos óculos na Alemanha (séc XVI), as regras das corporações deste setor neste país criaram um resfriamento na evolução do produto. Logo a atenção se concentrou na fabricação de óculos a baixo custo, comprometendo a qualidade. As lentes vinham moldadas numa espécie de estampo. Ao invés de artesãos especializados recorria-se a operários não tão especializados.

óculos origem

Na Inglaterra os óculos eram vendidos aos óticos da região desde os tempos antigos, enquanto que na Itália e Alemanha eram os ambulantes que os vendiam.

No séc XVI, os óculos eram aceitos e desejados pelas classes média e inferior, mas não nas côrtes. Também Goethe era míope e usava um monóculo, e não escondia a sua antipatia pelos óculos. Mesmo Napoleão Bonaparte sabe-se que usava óculos: usava um binóculo de madre pérola com uma armação de ouro e cravejada por cristais.

Hastes

Foram necessários vários séculos para surgirem os óculos com as hastes. Ou com o apoio sobre as têmporas e sobre as orelhas, causando dores de cabeça e problemas com a pele.

A primeira fábrica de armações foi fundada em Morez, na França, no ano de 1796. As primeiras lentes bifocais foram inventadas pelo presidente americano Benjamin Franklin (1706-1790). O médico inglês William Hyde Wollaston (1766-1822) foi o primeiro a publicar uma descrição de lentes menisco com ponto focal, lançando assim as bases do cálculo das lentes oftálmicas.

No ano 1825 o astrônomo escocês George Biddell Ani (1801-1892) apresentou a primeira lente para o astigmatismo . John Isaac Hawkins determinou o astigmatismo ocular precisamente em 1826 e calculou o centro de rotação do olho e a distância entre os olhos, além de construir as lentes trifocais.

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